terça-feira, 15 de outubro de 2019

REITOR DE CAMINHADAS



Por Raimundo Palhano


Reitor de Caminhada e’ diferente de Reitor de Gabinete. Aproxima-se tanto de onde a gente está que é visto também como Reitor Onipresente.

É esse o juízo que fazem de Jhonatan Almada, Reitor do IEMA, no Centro de Educação Científica - CEC/IEMA, em Caxias.

Este sentimento é cada vez mais generalizado, dentro e fora do Instituto, tenho constatado, sem muito esforço.

Em nossa última jornada nas estrelas, realizada no dia 11 de outubro, participando do Dia Internacional da Menina na Princesa do Sertão e do lançamento do livro Protagonismo dos Estudantes na UP de Timon, às margens do Parnaíba e vizinha da Cidade Verde (codinome dado à Teresina pelo caxiense Coelho Neto, no tempo em que ainda não se falava em aquecimento global), novamente sentimos a força da Educação para um novo projeto de sociedade, no Brasil e no Maranhão.

Não há mais como impedir que a centralidade da escola esteja no estudante!  Não há como deixar de reconhecer que os estudos do CEPEDUC (Centro de Estudos e Pesquisas para a Excelência em Educação) e sua equipe, vinculados ao IEMA, atingiram o coração do futuro, do aqui e do agora.

Convenço-me, cada vez mais, que uma ação estratégica da mais alta relevância para a superação efetiva e imediata do fracasso escolar diz respeito à implosão de uma mentalidade retrógrada renitente: aquela que considera os estudantes personagens passivos no meio escolar.

As oficinas dos Diálogos pelo Direito à Educação da OAB evidenciam cada vez mais que esta prática pedagógica ainda predomina e sobrevive intensamente. Como tem afirmado Viviane Mosé, educação é um movimento civilizatório. Não pode continuar sendo entendida como o lugar da tradição.

O que desconserta na gestão do Reitor que Anda é quando ele tira os sapatos e as vestes talares e se senta, com humildade altiva, com os alunos, como aconteceu recentemente no CEC Caxias, os quais, ainda para a maioria, são considerados tábulas rasas, i.é, seres sem conteúdo ou com quase nada nas cabeças.

Ao se colocar na horizontal, quebra, de uma só vez, os paradigmas da hierarquização do conhecimento, o pensamento cartesiano e anuncia a pós-verdade. Simbolicamente, está demonstrando que, se convivermos em comunidades igualitárias, poderemos atingir novas competências, outros horizontes e planos mais elevados.

Ao descalçar os sapatos, somos desafiados a novos engenhos e artes, na busca de novas estéticas humanas. Não mais seremos indiferentes. O lugar do encanto e do encontro terá a sua cartografia.