Por Raimundo Palhano
Reitor
de Caminhada e’ diferente de Reitor de Gabinete. Aproxima-se tanto de onde a
gente está que é visto também como Reitor Onipresente.
É
esse o juízo que fazem de Jhonatan Almada, Reitor do IEMA, no Centro de
Educação Científica - CEC/IEMA, em Caxias.
Este
sentimento é cada vez mais generalizado, dentro e fora do Instituto, tenho
constatado, sem muito esforço.
Em
nossa última jornada nas estrelas, realizada no dia 11 de outubro,
participando do Dia Internacional da Menina na Princesa do Sertão e do
lançamento do livro Protagonismo dos Estudantes na UP de Timon, às margens do
Parnaíba e vizinha da Cidade Verde (codinome dado à Teresina pelo caxiense
Coelho Neto, no tempo em que ainda não se falava em aquecimento global),
novamente sentimos a força da Educação para um novo projeto de sociedade, no
Brasil e no Maranhão.
Não
há mais como impedir que a centralidade da escola esteja no estudante! Não há como deixar de reconhecer que os
estudos do CEPEDUC (Centro de Estudos e Pesquisas para a Excelência em Educação)
e sua equipe, vinculados ao IEMA, atingiram o coração do futuro, do aqui e do
agora.
Convenço-me,
cada vez mais, que uma ação estratégica da mais alta relevância para a
superação efetiva e imediata do fracasso escolar diz respeito à implosão de uma
mentalidade retrógrada renitente: aquela que considera os estudantes personagens
passivos no meio escolar.
As
oficinas dos Diálogos pelo Direito à Educação da OAB evidenciam cada vez mais que
esta prática pedagógica ainda predomina e sobrevive intensamente. Como tem
afirmado Viviane Mosé, educação é um movimento civilizatório. Não pode
continuar sendo entendida como o lugar da tradição.
O
que desconserta na gestão do Reitor que Anda é quando ele tira os sapatos e as
vestes talares e se senta, com humildade altiva, com os alunos, como aconteceu
recentemente no CEC Caxias, os quais, ainda para a maioria, são considerados tábulas
rasas, i.é, seres sem conteúdo ou com quase nada nas cabeças.
Ao
se colocar na horizontal, quebra, de uma só vez, os paradigmas da
hierarquização do conhecimento, o pensamento cartesiano e anuncia a
pós-verdade. Simbolicamente, está demonstrando que, se convivermos em
comunidades igualitárias, poderemos atingir novas competências, outros
horizontes e planos mais elevados.
Ao
descalçar os sapatos, somos desafiados a novos engenhos e artes, na busca de
novas estéticas humanas. Não mais seremos indiferentes. O lugar do encanto e do
encontro terá a sua cartografia.