Por Raimundo Palhano
O 8
de setembro ludovicense, que marca a cerimônia de posse do domínio dos Bourbon, não é o mesmo para os
nativos da época, expropriados, e de outras correntes historiográficas.
A
contribuição de Lourdinha Lacroix e’ relevante sobre isso. As obras de Bernardo
Pereira de Berredo, João Francisco Lisboa e Raimundo José de Sousa Gaioso,
dentre outros clássicos, revelam que estes consideravam os franceses como
invasores e não fundadores.
Um
espanto que ainda hoje o mito francês continue seduzindo intelectuais
respeitados do nosso meio, reforçando a ideologia do “bom colonizador”.
Precisamos
reler Dedecca. Seu livro “1930 - O
Silêncio dos Vencidos”, publicado em 1981, passa a ser obrigatório.
Em
meus suados estudos sobre a mitificação da história brasileira e da nossa terra
comparecem em abundância evidências de inimagináveis extravios culturais e de
exclusões sociais abomináveis.
Nunca
quis ser francês, embora tenha pela cultura francesa uma infindável admiração e respeito.
Sou também
apaixonado por São Luís, onde procuro me reinventar sempre.
Agora, quando ouço ou leio que aqui poderia ser uma França Equinocial, e por isso o nosso
destino seria outro, não consigo controlar o frio na barriga!
Parabéns,
São Luís!
Descanse
em paz, Upaon-Açu!
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