(Conteúdo do Prefácio de minha autoria, a ser publicado no próximo livro de Ruy Palhano, CRÔNICAS DE UM PSIQUIATRA, vol.2.)
Raimundo
Palhano
A
emoção em prefaciar uma das festejadas obras de um irmão famoso não é para
qualquer um. Sobretudo em se tratando de um personagem reconhecido como autor marcante,
como Ruy Palhano Silva, de quem sou, entre outras coisas, um admirador perdidamente
apaixonado. Estas circunstâncias deixaram-me paralisado diante de tamanho
desafio!
O
estado de indecisão certamente se deveu aos efeitos de uma incontrolável
paralisia emocional, motivada pela responsabilidade de elaborar o elogio a uma criatura
singularíssima, muito difícil de ser encontrada no mundo de hoje e de sempre, em
geral vazios de afetos e de generosidades.
A
outra razão associava-se à capacidade de bem apresentar o seu mais recente trabalho
literário, no caso o volume 2 da sua oportuna série denominada Crônicas do Cotidiano na Visão de um
Psiquiatra, iniciada em 2015, o que não poderia ser feito sem um olhar mais
amplo sobre os seus feitos no mundo da produção intelectual.
Confesso
a todos os leitores deste prelúdio que o motivo que me fez sair da inércia foi
a certeza de que jamais daria conta de tamanha responsabilidade. Impossível traduzir
um ser humano amorável como Ruy. Sempre alguma coisa poderia sair imprecisa ou
incompleta, aí o temor. Depois, trata-se de alguém que consegue a proeza de ser
celestial vivenciando esta terra nossa de cada dia; além de detentor de uma
genialidade expressiva, de onde brota a sensibilidade que marca a estética de sua
existência.
Ousarei
delinear os traços instituidores do ser humano peculiar, que se inspirou na mãe
para se esmerar na arte de tecer a vida e decifrar os seus mistérios; para
depois me debruçar sobre a riqueza da obra que construiu em favor da humanidade,
presentes em seus legados profissional, intelectual e artístico.
Nascemos
em Caxias, eu primeiro do que ele. O caminho para São Luís foi o passo seguinte,
aqui ancorando nossos pequeninos e frágeis navios. O mais certo seria termos
nascido gêmeos univitelinos. Ficaria mais fácil responder às incontáveis
pessoas, de todas as idades, gêneros e raça, que me perguntam se sou o Ruy. Sempre
disse que sim, para depois explicar como eram mesmo as coisas. Como em geral
não acreditavam no que dizia, em alguns casos tive até que confirmar receitas
médicas, passadas por ele. Só pedia que jamais deixassem de seguir rigorosamente
o que estava prescrito. Para todos, hoje em dia, o nome Ruy não é mais um nome
próprio; é um substantivo comum, uma entidade além da pele e do osso.
Somos
filhos de Aracy e Pedro, que deram origem ao milagre de nos tornar seres
completamente distintos e, ao mesmo tempo, plenamente imbricados, siameses,
reproduzindo a fusão perfeita que foi Nair e Aracy/Aracy e Nair, esta última a
irmã provedora maior do nosso mini núcleo familiar.
Pelo
lado materno descendemos de um tronco dos Palhano, que desembarcaram no
Maranhão no século XIX, já vindos de outras plagas brasileiras tempos atrás, cujos
ancestrais, de há muito, migraram da Itália para Portugal e depois para o
Brasil. Pelo lado paterno somos membros da ilustre família Silva, que se
multiplica pelo país afora.
Dessa
árvore frondosa brotaram padres, médicos, engenheiros, estes últimos com
atuação no Estado do Maranhão e outras regiões do país, até sobretudo os anos
1930 do século passado, atuando principalmente na área das obras públicas, engenharia
civil e transporte ferroviário.
Ruy
Palhano Silva e eu viemos para o mundo com essa genética remota, marcada por
caldeamentos étnicos e culturais. Ruy transformou-se em médico psiquiatra
renomado, não só por sua reconhecida competência profissional, mas também pelo
fato de possuir um carisma especial, que o torna, de imediato, querido e
apreciado por todos com quem convive. Ao lado disso, ambos tomamos o destino da
Universidade Federal do Maranhão, construindo um magistério ao qual devemos
muito e no qual contribuímos para a formação de várias gerações que ingressaram
na educação superior.
Tornou-se
um profissional reconhecido e respeitado na comunidade, região e país por sua
atuação, estudos e pesquisas sobre saúde mental, drogas e dependência química,
além de integrante, fundador e dirigente de importantes instituições de
reconhecimento público, como o Conselho Regional de Medicina, o Conselho
Nacional Antidrogas e o Conselho Estadual, a Academia Caxiense de Letras e a
Academia Maranhense de Medicina, tendo sido, desta última, um dos seus
presidentes.
Em
1954 a nossa mini família transfere-se para São Luís, pensando em oferecer
melhor educação para nós, a Ruy e a mim, e em busca de uma cidade mais ampla
para viverem, estimulados por Ezinair Barros de Souza, filha de Nair, casada
com o arquiteto Romeu Rosendo de Souza; e, mais tarde, Maria Lúcia Barros
Ramos, esposa de Carlos Alberto Duarte Ramos, outra filha de nossa tia Nair.
Foi,
sobretudo, da conjugação dessas circunstâncias familiares que obtivemos a
materialidade e a inspiração humana para traçar o início de nossas trajetórias pessoais,
profissionais e sociais.
Um
mini núcleo que se inicia sob a proteção de Nair/Aracy (mãe), ainda em Caxias, o
qual se desdobra em quatro novos eixos, já em São Luís: Ezinair/Romeu;
Lucinha/Carlos Alberto; Raimundo/Aracy (esposa); Ruy/Rita. Universos estelares
que reuniram mundos fantásticos e inesquecíveis em permanente ebulição.
A primeira
fase da infância passamos em Caxias, nosso torrão natal, até os sete anos de
idade para mim e quase quatro para Ruy, quando nos mudamos para São Luís, por
decisão dos familiares.
Não
hesito em considerá-la uma das mais saborosas páginas de nossas existências,
pois, até hoje, guardo lembranças imperecíveis, que me acompanharão para
sempre. Enche-me de emoção relembrar a magia que era o Largo de São Benedito,
defronte de nossa casa, palco de brincadeiras e fantasias, e da incomparável
festa em homenagem àquele santo, que atraia para o lugar toda a população
caxiense no mês de agosto e, principalmente, pelas canoinhas, carrosséis e
trens fantasmas dos parques de diversão que eram instalados no período dos
festejos.
Ruy,
muito mais do que eu, logo se tornava íntimo dos folguedos, partindo sempre
para desafiar os mais temidos brinquedos, mesmo que significassem um galo a
mais na cabeça ou um ferimento não cicatrizado no corpo.
Foi
a etapa de nossas vidas em que mantivemos os primeiros contatos com o mundo
circundante, com a escola, suas professoras e colegas de turma; com as festas
natalinas e os brinquedos que recebíamos de presente e que eram aguardados ansiosamente.
Foi quando realizamos os primeiros convívios com outros meninos e meninas; com
o despertar para o que se passava fora de casa e acontecia na rua.
Já não
cabe aqui o mundo mágico vivido em Iacina, nosso velho Brejo, onde passamos
muitas férias juntos e com os amigos de lá, recebidos com carinho pelo bonachão
Elmar Machado Torres, esposo de Maria das Graças, a Maninha, outra filha de
Nair, proprietários de quase todas as terras do povoado.
Novamente
ali Ruy deixava sua marca, agora de craque do futebol de bola de pano ou da
bola de látex, levando para casa cortes no supercílio, sarados com chamuços de
algodão e pontos precisos de enfermeiros improvisados.
Em
fins de 1966 pego o meu navio pequenino e parto para o Rio de Janeiro para uma
aventura gloriosa, apartando-me de Ruy pela primeira vez, deixando um pedaço do
meu coração com ele, no início dos meus 19 anos e ele ainda nos anos finais da
adolescência.
Juntos
novamente em 1968, estávamos preparados para colocar nossas embarcações nas
rotas de longo curso. Foi o que aconteceu.
A
nova vida de Ruy se inaugura com a psiquiatria, em seu curso de medicina,
iniciado na Universidade Federal do Maranhão e concluído no Instituto de
Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1977, onde também realizou
a residência médica, de 1979 a 1981, exigida pela profissão que abraçara, realizando
também, no ano final, estágio na tradicional Universidad Complutense de Madrid.
Fiel
à sua natureza inquieta, o caminhante guiará seus pés, dali até os dias de
hoje, sempre se instituindo e desconstruindo em favor de um ser humano mutante,
que começa como médico e prossegue como professor, empreendedor, estudante de
filosofia, literato, escritor e agora, mais uma vez, ansioso para atravessar os
novos riachos, ou oceanos, que aparecem em sua vida.
Trata-se
de um exímio surpreendedor. Essas transmutações todas que vão acontecer em sua
trajetória multifacetada partiram sempre de decisões pessoais dele. A maior de
todas para mim, a que mais me maravilhou, foi ter acompanhado a sua
transformação em um escritor fértil, criativo e, mais importante, lido.
Sempre
presente em tantas mídias, de repente surpreendo-me ao me deparar com Ruy escrevendo
em colunas de jornais próprias, produzindo artigos e crônicas e se
transformando em escritor reconhecido pelos leitores, que cada vez mais se
ampliam.
É
com este olhar aberto que me reservo à ousadia, e ao mesmo tempo ao enorme
prazer, de fazer o elogio de sua produção intelectual e artística, mesmo
plenamente consciente do seu limitado alcance interpretativo, compensado apenas
pela certeza de que Ruy os acolherá sobretudo como um verso de amor
incondicional.
Em
uma relação normal de causalidade, não existe obra sem autor e vice-versa.
Ninguém sabe ao certo qual dos dois vem primeiro. O correto é que, cada um,
visto em separado, contém elementos do outro. O ethos de Ruy é determinado pela
inquietação dos inconformados, que percorre o sistema nervoso de sua alma, da
sua obra e de sua produção intelectual.
Com
isso quero dizer que o que faz de Ruy Palhano Silva um ser triunfante e admirado,
tanto na dimensão humana, profissional, intelectual e artística, não decorre apenas
de sua inteligência luminosa, ou de sua criatividade reconhecida ou ainda dos seus
dotes literários aplaudidos. Não são devidos apenas a tais predicados.
Ruy
é um virtuoso sobretudo porque ousou ser, sempre, e em tudo, não se conformando,
tanto com as coisas estabelecidas em seu mundo interior, nem tampouco com os padrões
vigentes na sociedade inclusiva.
Vistos
pelas perspectivas filosófica, antropológica e poética, em sentido amplo, os
feitos vitoriosos de Ruy se devem ao fato dele ter sido um transgressor, uma
alma que se empenhou para romper padrões culturais e morais do mundo em que
atua, sobretudo aqueles eivados de hipocrisia, sempre buscando um universo e
uma sociedade melhores.
Só
transcende quem se insurge, quem transgride o estabelecido paralítico.
O
Instituto Ruy Palhano, antes de existir, era um terreno despido em um lugar
ermo e esquecido no município de Raposa. Os cavalos que ele teve que domar,
também ali, para passear com a prole recém-nascida, fizeram dali um lugar de
referência no tratamento da doença mental no Maranhão e no Norte e Nordeste.
A
alma de Ruy, portanto, sempre foi inconformada e transgressora, sem nunca ter
deixado de ser completamente doce. Jamais precisou colocar entre os dentes um
punhal afiado. No lugar da força e da intolerância preferiu abrir sorrisos e abraços.
Este
livro contempla 50 novas crônicas, sendo que algumas delas poderiam ser
classificas como artigos científicos disfarçados ou pequenos ensaios livres,
focados nos cotidianos e avessos da vida humana contextualizada.
Quase
todas as havia lido antes, em suas duas colunas de jornais. Precisei fazer, todavia
uma releitura, a partir da boneca do livro, que agora é o volume 2 da série Crônicas do Cotidiano. Obviamente não
para comentá-las de per si, mas para entrar no espírito da obra literária que
iria a lume com minhas apreciações.
Textos
publicados em livro sempre estimulam a visão e abrem mais a possibilidade do
deguste. Provavelmente algumas das crônicas publicadas tenham passado pelo
crivo compartilhado que fazemos sobre nossos trabalhos intelectuais, interpelando
a realidades e os sonhos, movidos sempre pelas nossas memórias afetivas
ancestrais.
Costumo
curtir os livros de papel em que, de algum modo, vai gravada a minha arte.
Releio sempre e muito o que escrevi. É uma idiossincrasia. Imaginei este novo
livro já impresso e repeti o mesmo ritual. O projeto gráfico de José Serra está
muito bom e criativo e a revisão do Prof. Ramiro Azevedo dispensa comentários.
O
Maranhão tem bons cronistas. Já os teve em maior número e qualidade. Dentre os
das gerações mais recentes Ruy Palhano é a nova surpresa revelada e,
provavelmente, um dos mais talentosos e competentes, porque muito lido, confirmando
o poder dos seus dotes literários e profissionais.
As
novas crônicas do escritor e psiquiatra Ruy aliam capacidade literária e
conhecimento científico, combinando plasticidade e estética de modo
consistente. Por mais leve que seja o tema, trata o conteúdo com todo o
respeito e cuidado. Com isso deixa de ser vulgar e enfadonho. Popularizou a OMS
como ninguém. Questões médicas e psiquiátricas que atingem as pessoas e seus
leitores, normalmente abordadas por colegas seus com “letras de médico”,
intraduzíveis para quase todos, em suas crônicas se transformam em consultórios
sentimentais, combinando magistralmente afetos e discernimentos clínicos.
Ruy sempre
fez bem tudo que faz. O mesmo ocorre em sua produção intelectual e literária,
como neste volume 2 das Crônicas. Isto
porque a sua mais nova paixão é escrever. Chega a ser um vício. Já tem
concluidos mais 4 volumes desta série, projetada para 10 volumes, prontos para
irem a prelo. Na sua inspirada Apresentação deste volume assim se define como
produtor intelectual: ...”meu
contentamento não é só escrever por escrever é poder ver que, o que escrevo,
pode ir até ao outro, participar de alguma forma do seu cotidiano, das suas
expectativas, das suas ideias ou mesmo do seu imaginário. ”
Em
um tempo em que as redes sociais da internet não estimulam a proliferação de
leitores de crônicas, ensaios e poesia, um escritor precisa ser muito bom para
atrair leitores para suas obras impressas em papel. Este fato, associado a um
contexto como o nosso, em que as exclusões educacionais e culturais são flagrantes,
torna a situação ainda mais complexa. Por que Ruy consegue se sair bem, mesmo
com essa ameaça pairando sobre as cabeças dos renitentes? Creio que tem muito a
ver com o fato do escritor não ter construído a sua obra e sua arte por mero
diletantismo intelectual.
Este
volume e o primeiro, bem como toda a obra reunida, composta de 7 livros
publicados e com edições esgotadas, comprovam o que disse. A matéria prima destas
duas obras e das demais, no pensamento ruiniano, deriva do seu trabalho
terapêutico, de suas práticas profissionais de longo prazo, cortados
transversalmente pelos dilemas existenciais do ser humano em seus contextos.
A
produção intelectual de Ruy está imbricada com as revelações das angustias e
dilemas humanos presentes no meio em que atua. Na mencionada Apresentação deste
livro, o seu autor é enfático: ...”ao
mesmo tempo em que procuro sempre ser fiel aos meus princípios, só escrevendo
aquilo que se encontra em plena consonância com minha consciência e quando
tenho plena convicção de que, o que escrevo, não faz parte nem do trivial nem
do senso comum”.
As
50 novas crônicas deste segundo volume, por seu turno, deixam perceptíveis duas
estratégias de troca comunicativa do autor com seus leitores. A primeira, em pleno
processo de evolução, refere-se ao tratamento do conteúdo das crônicas de modo
compreensível pelo comum das pessoas, envolvendo temas médicos da psiquiatria;
e, em fase embrionária, o diálogo com questões tidas como imperativos
categóricos da condição humana; a segunda é posicionar-se, de maneira cristalinamente
pessoal, sobre as mazelas sociais e políticas que afloram na sociedade
inclusiva, buscando explicações a partir de princípios e valores esquecidos
neste mundo cada vez mais confuso.
Sobre
temas psiquiátricos e psicológicos pautados diariamente, o leitor poderá se
atualizar em crônicas saborosas como A Bengala, o Idoso e a Placa de
Sinalização; As Diferentes Formas de Fobias; A Maconha e o Cérebro; As Mulheres
e o Consumo de Bebidas Alcoólicas; Bebês Embriagados, e tantos outras que
ajudam os leitores a compreender o sentido de tais enfermidades e como lidar
com todas elas.
A
iluminação que teve em trazer para o cotidiano os imperativos categóricos da
condição humana, que informam os valores pessoais e sociais, hoje em crise
aguda, são embrionários neste volume 2, estando em pleno desenvolvimento em
suas colunas semanais no Imparcial e Jornal Pequeno. Destaco nesta direção as
crônicas A Crise na Vida, na Política e Dentro de Nós; A Mentira como Sintoma
da Doença Mental; Abaixo os Preconceitos Contra as Doenças Mentais; A Violência
como Marca Assustadora da Sociedade, Ansiedade Nossa do Dia a Dia; As Drogas da
Alma, por exemplo.
A segunda
linha temática do volume 2 cinge-se às questões sociais e políticas, merecendo
destaque crônicas como A Insegurança Pública Permanece; A Vigésima Copa do
Mundo; Ano Novo, Vida Nova; Carnaval; Doenças Mentais e as Redes Sociais;
Limpeza Ética, Justiça e Cidadania; O Brasil, os Brasileiros e a Corrupção; e O
Voto e o Processo Eleitoral. Em todos os textos sobre os problemas sociais e
políticos que nos afligem está presente um apelo recorrente: que a ética se
difunda sobre a Terra.
A
série toda, que não demore a ser publicada. Este volume 2 confirma a
fecundidade e o caráter educativo da obra de Ruy Palhano, que buscou na
capacidade de escrever com arte, expandir a sua paixão e compaixão pelos seres
humanos, pelos outros. É o autor que afirma na Apresentação já referida: ...”a arte de escrever...é uma das poucas
atitudes humanas genuinamente solidária e altruísta, e que transcende os
umbrais da solidão e do egoísmo e vai fundo ao encontro do outro. As letras, as
palavras, as frases e finalmente os textos iluminam a razão e dão sentido ao
que você vê, sente e produz, sempre no encontro do outro”.
A
criança que sempre quis ir além do arco-íris, que desafiou o tempo para se
preparar para a vida e que, muitas vezes, teve que enfrentar seus medos e
angústias sozinho, venceu as pedras do caminho porque nunca desistiu de ter
sonhos e de amar a vida. Foi longe e vai muito mais ainda, mas não seguiu
sozinho, Ruy sempre vai com os outros.
RAIMUNDO PALHANO
Membro da ACL e do
IHGM
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