Raimundo Palhano
Antes
de tudo, deixo claro que considero o IEMA a mais relevante e adequada
iniciativa de política pública educacional ocorrida no Maranhão nas últimas
décadas, que, de tão surpreendente e inovadora que é, ainda hoje, quase no fim
do Governo Flávio Dino (2015-18), seu instituidor, ainda não foi assimilada
plenamente pelos maranhenses, e, até mesmo, por alguns setores do próprio
governo, já acostumados e, de certo modo, conformados com a repetição de uma
história antiga de fracassos na área da educação pública.
O
IEMA acaba de ser incluído no Programa de Escolas Associadas (PEA) da UNESCO,
feito ímpar entre as escolas públicas maranhenses em todos os tempos; e, para
coroar, seus estudantes alcançaram o melhor desempenho na Olímpiada Brasileira
de Geografia e Ciências da Terra, tendo 98 equipes premiadas dentre as 128 do
Maranhão, uma verdadeira chuva de ouros, pratas e bronzes, feitos estes que
reforçam um padrão de desempenho institucional e de conquistas relevantes de
seus estudantes, professores e dirigentes, obtidos em menos de 4 anos de
existência temporal.
Isto
posto, começo agradecendo pela oportunidade de fazer mais um exercício de
análise crítica sobre a trajetória desta instituição estratégica para o
desenvolvimento da educação maranhense e do próprio Estado do Maranhão.
Inicio
perguntando: quais seriam os principais eixos estratégicos para expansão do
IEMA? Em tal contexto, por que o Protagonismo Juvenil, o dos estudantes, é
importante?
Entendo
que os eixos estratégicos para a expansão do IEMA são aqueles capazes de
estimular o crescimento sustentável da Instituição. Sintetizo afirmando que
seria tudo que produzisse o crescimento do projeto pedagógico com qualidade.
Aponto o bom planejamento e a boa gestão democrática, geral e setorial; a
adequação do Plano de Desenvolvimento Institucional e dos demais planos
estruturantes daí decorrentes; a qualificação e envolvimento efetivo dos
professores, técnicos e administrativos, a participação das famílias, a
integração ao meio, existência de infraestura física, material e de
equipamentos, recursos financeiros para garantir o funcionamento
organizacional, entre outros, culminando com o recurso primordial, o que diz
respeito ao protagonismo do estudante, razão de ser de todo o processo de
desenvolvimento da instituição educacional. A centralidade do estudante em todo
e qualquer processo educacional é inquestionável em toda a história da educação
formal de qualidade no mundo todo.
Com
efeito, o protagonismo, em termos conceptuais, é uma práxis, um agir que faz
sentido, que possui um rumo. Não é mero ativismo, um esforço muscular nervoso
individual. Exige ação, claro, pois é impossível acontecer protagonismo entre
paralíticos.
Assim,
a resultante do movimento é orgânica, ou seja, deve voltar-se a uma busca por
transformação da realidade. Não é um ato meramente individual. Não depende
jamais de um único gato pingado. Tudo está associado e articulado a um coletivo
societal. Protagonismo, portanto, passa
pela capacidade de enxergar, de perceber, de interagir com a coletividade ou
com o outro.
Acredito
que os princípios da Pedagogia da
Presença, adotada pelo projeto pedagógico do IEMA, contribui muito para a
dinamização desse movimento, definido por Antonio Carlos Gomes da Costa como a
passagem do estado de solidão para um outro, o momento do encontro.
Este
movimento leva a um novo território, situado entre a solidão e o encontro com o
outro, espaço que educadores e educandos constroem juntos, fundamental para
atingir o estado de diálogo, razão dinamizadora do protagonismo, sobretudo em
contextos como o brasileiro, em que o processo educacional permanece, de um
modo geral, silente.
Eis
porque o exercício de uma vida protagônica desenvolve capacidades para entender
as razões que possibilitam apreender o significado de ser livre e, ao mesmo
tempo, de entender a condição do outro.
Ainda
no campo das afirmações conceptuais sobre o papel do protagonismo, acho
importante, também, não perder a perspectiva de que Protagonismo Juvenil é um
fenômeno social do qual deriva o Protagonismo Estudantil, tendo este último uma
série de especificidades, principalmente em função do seu vínculo orgânico com
a educação formal operada no mundo da Escola e da Academia.
Evidencio,
ademais, que o objetivo programático do IEMA de se transformar em uma
instituição educacional de excelência, dificilmente será alcançado se a
referida estratégia não for trabalhada, cuidadosamente, no que diz respeito à
participação e envolvimento do segmento estudantil, no âmbito do projeto
político-pedagógico institucional.
Empoderamento
e fortalecimento estes que devem se efetivar numa perspectiva ampliada, i.e´.
indo para além dos requisitos puramente formativos. Desenvolver tais
capacidades, implicando no efetivo empoderamento estudantil para o exercício de
funções técnicas, requer muita competência pedagógica e superação de
preconceitos e barreiras culturais por parte da comunidade acadêmica e dos
gestores educacionais, no que estarão dando vida ao PDI como ordenador do
processo de expansão institucional, em seus distintos recortes temporais e
temáticos.
Enfatizo,
assim, a força de um contexto nacional e regional marcados pela visão de que os
estudantes, grosso modo, não passam de alunos, ou seja, aqueles cujas caças se
encontram vazias, portanto despojadas de capacidades para implementar conteúdos
técnicos e pedagógicos para o trabalho
educacional.
A
efetividade desse processo de valorização estudantil precisa ser dimensionada
com o máximo de competência, repito, não só por força das determinações
culturais, em que para muitos, a participação estudantil na implementação do
PDI não passa de uma figuração, pois, em geral, como visto, muitos imaginam que
os estudantes são tábulas rasas nessa matéria,
Com
efeito, o itinerário do Instituto vem evidenciando que é cada vez mais
frequente a afirmação de um conceito, segundo o qual, o IEMA possui uma
“energia de participação”. “A gente sente isso”, como muitos verbalizam. Privar
a juventude desse papel é vetar o futuro às novas gerações, pois, em síntese,
os jovens são naturalmente demolidores
de padrões consagrados pelos gerações mais antigas.
Não
esquecer que a juventude convive o tempo todo com estímulos às mudanças,
motivada, de um lado, pelos fluxos hormonais, e, de outro, por experimentarem,
de modo crescente, um paradoxo inexorável, que é imaginar que podem ser livres
a qualquer tempo, para fazerem tudo que quiserem, mesmo que se deparem com a
impossibilidade recorrente de concretização de tais aspirações.
Esse
dilema oxigena não só a vida do jovem,
como também contamina o ambiente onde atua, produzindo circunstancias
existenciais em que é possível pensar a transformação de sonhos impossíveis em
realidades concretas.
O
protagonismo portanto é um processo; não é uma simples manifestação da razão
pura. Sem canais de participação, o processo tende ao engessamento, e se fecha,
impedindo o emergir de novas perspectivas, vitais para transformar contextos já
estabilizados e conformados com o status quo.
O
esforço analítico adotado até aqui visa sobretudo realçar que considero o
componente curricular do Projeto de Vida como o lugar central para enfrentar o
desafio de conceber e implementar os conteúdos instituintes do protagonismo
estudantil no âmbito do IEMA, sem dúvida alguma um dos componentes basilares do
seu projeto político-pedagógico institucional.
Não
é difícil concluir que Projeto de Vida não se limita apenas às dimensões
constitutivas do currículo institucional. Seu horizonte vai para além de tais
determinações. É também uma dimensão existencial e filosófica. Pode ser base
para o aperfeiçoamento profissional, com vistas ao mercado de trabalho, podendo
ainda contar com mentorias especializadas, criativas e avnçadas, originárias do
quadro docente ou do ambiente acadêmico mais amplo.
Todo
este processo se inicia, sempre, com o autoconhecimento, que estimula a busca
de uma identidade, importantíssimo para um ser social em formação e que deverá
ser preparado, entre tantas outras habilidades, para o exercício de uma
cidadania ativa na sociedade.
O
foco no desenvolvimento do Projeto de Vida implica igualmente na capacidade de
inventar e reinventar a vida, a partir de um pensamento mutante, que precisa
entrar em um processo de permanente transformação. A ciência comprova que
quanto maiores os estímulos, mais o cérebro se robustece e se expande, elevando
a capacidade de pensar.
É
evidente que educação de qualidade só acontece se houver um salto de qualidade
no cérebro e no pensamento, em razão da evolução correspondente dos neurônios.
Assim, numa perspectiva filosófica, só uma escola de qualidade é capaz de fazer
com que os sonhos se transformem em projetos de vida.
Tal
possibilidade não é fruto de visões mágicas e muito menos de intuições
superiores. Nasce da implementação de capacidades, construídas e desenvolvidas
ao longo do processo educacional baseado na construção do conhecimento, a
partir dos contextos reais, tanto nas formas presenciais e virtuais.
O
ser protagonista exige capacidade crítica em suas interações sociais e
culturais. A capacidade de realizar a crítica social e da realidade depende
muito das bases constitutivas desse processo. Se não for capaz de desenvolver o
pensamento dos atores envolvidos, dificilmente se atingirá o estágio seguinte,
aquele ligado à formação da consciência, que é a dimensão insubistituível para
a efetivação da condição criadora do ser humana.
Somos,
em última análise, produtos de nossas consciências individuais e coletivas.
Esse atributo é mais relevante do que ter uma inteligência privilegiada.
Entendo,
a rigor, que as instituições educacionais, para realizarem a sua missão
finalística, não podem prescindir do envolvimento ativo dos integrantes de pelo
menos cinco eixos de sustentação do processo pedagógico: professores, estudantes,
gestores, famílias e entorno.
Em
todas as experiências que conheci de boas práticas educacionais, Brasil afora,
estes cinco eixos possuíam uma atuação integrada, orgânica e protagônica. Não
tinham atuação figurativa.
Não
cabe aqui explicitar a relevância de cada um deles. Não é o objetivo da
entrevista. Assim, quero reafirmar, que é impossível atingir a educação de
qualidade, aquela que possui efetividade, ou seja, os estudantes materializam o
seu direito de aprender, sem que haja um projeto pedagógico capaz de articular,
organicamente, as cinco dimensões destacadas.
Esses
atores estratégicos precisam ser desafiados, permanentemente, no esforço de
construção do projeto educacional adequado às necessidades do desenvolvimento
dos contextos, o interno e o externo.
O
desenvolvimento da dimensão aqui tratada, a do protagonismo dos estudantes, é
insubstituível no âmbito do cumprimento da missão institucional do IEMA, focada
na ideia de promoção de uma educação profissional, científica e tecnológica de
forma inovadora e de qualidade, visando a formação integral dos jovens para
atuarem na sociedade de maneira autônoma, solidária e competente.
Destacando
que o Protagonismo Estudantil é eixo estratégico decisivo para a expansão do
IEMA, entre tantos aspectos já evidenciados ao longo da abordagem, pela força
que tem no processo de materialização do processo formativo do estudante: o
meio mais efetivo para a dinamização das articulações envolvendo a dimensão
acadêmica, as práticas sociais do estudante e a efetivação do projeto de vida,
como culminância da formação.
Continuando,
vale destacar a ênfase plena e o apoio institucional absolutos à política de
valorização da estratégia do Protagonismo Juvenil e Estudantil no planejamento
e na gestão do desenvolvimento do IEMA, a cargo do Reitor e seu corpo
dirigente, dos demais membros da comunidade acadêmica, técnica e administrativa,
que vêm adotando, desde o inicio do reitorado, uma pletora de estímulos ao
desenvolvimento da participação dos
estudantes na vida do IEMA.
A estratégia central associada a essa
política passa pela visão, segundo a qual, o processo de expansão do IEMA só
será sustentável se continuar implementando suas bases de sustentação acadêmica, pedagógicas e
infraestrutural, de modo cada vez mais vigoroso, encontrando no protagonismo
juvenil sua essência teórico-metodológica..
Vive-se
o primeiro momento deste processo, amplamente vitorioso, marcado pela profusão
de iniciativas relevantes, que poderão, pelos seus resultados efetivos, se
transformarem em instituintes, isto é, capazes de se internalizarem
profundamente na dinâmica acadêmica e pedagógica da Instituição e assegurar a
conquista crescente de padrões de qualidade educacional.
Além
das iniciativas próprias de cada uma das Unidades Plenas, e tantas outras das
Unidades Vocacionais, distribuídas em municípios do Estado, com suas peculiaridades
e características intrínsecas, no âmbito supra estrutural da Instituição,
várias são as iniciativas que impactam forte e plenamente no Protagonismo
Juvenil e Estudantil, destacando-se os certames sobre conhecimentos dos estudantes,
de âmbitos estaduais, regionais, nacional e internacionais, nos quais os
estudantes do IEMA participam de forma destacada; assim como os programas de
intercâmbio nacional e internacionais, como o IEMA no Mundo, associados à
aprendizagem de idiomas e ao intercâmbio educacional e cultural; e, mais
recentemente, o ingresso na Rede de Escolas Associadas da UNESCO, Rede PEA,
feito singular, pelo ineditismo no âmbito das redes escolares do Maranhão,
sejam entre as escolas públicas ou as particulares.
Uma
Rede que cresce aceleradamente no Mundo. No Brasil, saltou de 361 escolas em
2017, para 583 em 2018. A Rede brasileira é a segunda mior do planeta, menor
apenas que a do Japão. Está presente em 181 países de todos os continentes, no
que abre um leque vastíssimo de possibilidades de intercâmbio internacional e
de cooperação internacional federativa.
A
aludida Rede tem como princípios fundamentais promover a cultura de paz, a
educação para o desenvolvimento sustentável e a formação de gerações
conscientes do seu papel como protagonistas de uma cidadania global, no que
fortalece a iniciativa interna do IEMA de empoderar o protagonismo estudantil
como projeto instituinte educacional.
Vale
enfatizar, por seu turno, que a Rede possui como objetivos especiais difundir a
Inovação e a Qualidade da Educação como fatores impulsionadores do
desenvolvimnto econômico e social, requisitos estratégicos para o
fortalecimento das economias locais presentes no território maranhense,
marcadas por práticas de produção pouco desenvolvidas e tecnologicamente
defasadas.
Para
potencializar a participação do IEMA na Rede PEA, está sendo desenvolvida a
formação de uma Cátedra Acadêmica, a Cátedra PEA-IEMA, visando mobilizar
talentos e oportunidades dentre os integrantes da Rede, com destaque para
laboratórios de ideias, programas de formação e aprendizagens colaborativas,
oportudes de trocas de experiências profissionais e culturais, entre muitas
outras linhas de atuação compartilhadas.
O
mais abrangente dos objetivos estratégicos da Rede PEA é ajudar a conquistar os
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, focados na Agenda ODS 2030 da ONU, o
que poderá atribuir ao IEMA um papel destacado nas articulações
interinstitucionais sobre a temática da sustentabilidade do desenvolvimento no
contexto maranhense..
Deve-se
destacar, por outro lado, que o Protagonismo, em sua contextura orgânica,
aquele que ocorre no interior de uma Instituição Educacionl, seja uma Escola ou
uma Universidade, depende fundamentalmente de uma consistente e bem sucedida
política interna de Ensino, Pesquisa e Extensão.
O
processo educacional do IEMA concebe que o ensino, a pesquisa e a extensão
devem se constituir de forma integrada e indissociável na formação dos
estudantes, sejam como técnicos, tecnólogos, graduados e profissionais
pós-graduados, estes últimos quando o IEMA estiver atuando também na educação
superior, voltados para o saber científico, tecnológico e cultural, comprometidos
com a transformação da realidade social.
Percebe-se
que a integração entre ensino, pesquisa e extensão está diretamente relacionada
à organização curricular e à flexibilização dos tempos e dos espaços escolares
e extraescolares. Parte do princípio de que os saberes necessários ao trabalho
conduzem à efetivação de ações do ensino e aprendizagem dialógica, da pesquisa
e da extensão.
Assim,
torna-se fundamental o envolvimento dos estudantes em projetos de pesquisa e
extensão, que contribuam para sua formação, dando-lhes sustentação tanto
empírica quanto epistemológica.
Sem
estudantes protagonistas é impossível incrementar a prática educativa
evidenciada, pois passa pela promoção e desenvolvimento do senso crítico do
estudante em relação ao mundo e ao pleno exercício de sua formação,
capacitando-o para as inovações tecnológicas.
Em
síntese, de acordo com a aludida proposta pedagógica, a indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão deve promover a articulação das diferentes
áreas de conhecimento e a inovação científica, tecnológica, artística e
cultural.
Portanto,
é fundamental para a expansão do Instituto, priorizar projetos de pesquisa e
programas de iniciação científica vinculados aos objetivos do ensino e
extensão, inspirados em proposições, demandas locais, regionais e nacionais,
como preconizam os projetos político-pedagógicos institucionais em vigor.
Nesse
intuito, é vital estimular e incrementar o
intercâmbio com instituições científicas nacionais e internacionais,
visando firmar acordos e convênios sistemáticos entre os atores institucionais,
tanto pesquisadores e estudantes, sem esquecer o desenvolvimento de projetos
comuns entre as instituições e suas comunidades acadêmicas, técnicas e
gerenciais.
Feitas
as considerações acima, para responder com precisão a questão a respeito de
como os projetos atuais que dialogm com o Protagonismo Juvenil/Estudantil estão
sendo recebidos e interpretados no IEMA, necessita-se de um mergulho mais
profundo em suas práticas e movimentos cotidianos, sobretudo a partir do dia a
dia de suas Unidades Plenas e Vocacionais.
Não
esquecer que se experimenta o primeiro ciclo de expansão do IEMA (2015-2018),
caracterizado, sobretudo, por sua natureza experimental, não só no que respeita
ao modelo pedagógico, como no que se refere ao sistema de planejamento e gestão
institucional como um todo e daqueles correspondentes ao funcionamento da rede
de escolas existentes.
Enquanto
integrante da equipe de planejamento estratégico da Reitoria, não tenho dúvida
de que, em termos amplos, os projetos já referidos ao longo desta análise estão
sendo recebidos e interpretados de maneira muito satisfatória, sobretudo pela
reação positiva da comunidade acadêmica e dos dirigentes internos e externos,
encantados com os êxitos da instituição, perceptível quando se manifestam
publicamente.
Chega-se,
com louros, ao fim da corrida de obstáculos que foi o primeiro ciclo de
implantação do IEMA, exigente e desafiador, por seus elevados objetivos
programáticos, focados na ousadia de promover a educação de qualidade na escola
pública, em um contexto ainda despojado de competências ampliadas e de baixas
exigências pedagógicas e sociais.
O
momento agora é de elevada concentração e inspiração para preparar a transição
ao novo ciclo, abrangido pelo quadriênio 2019-2022, quando o país completará
200 anos de sua Independência como nação soberana, mesmo desacreditada pelos
críticos, e o encerramento do atual ciclo virtuoso do novo governo estadual,
quande deverá coroar os êxitos de suas bem sucedidas estratégias de governança,
diferenciadas do modelo histórico tradicional dos antigos regimes oligárquicos.
A
hora é de guarnicê e de pensar grande os próximos passos. Mobilizar toda a
comunidade acadêmica e as demais que interagem organicamente com o futuro
imediato do IEMA, a fim de não deixar essa ciranda de sonhos ir ao chão.
O
núcleo do poder central, localizado no Palácio dos Leões, também aquece seus
músculos e azeita suas inteligências para montar a nova engenharia política que
terá a missão de efetivar a implementação dos compromissos assumidos na disputa
eleitoral, entre as mais destacadas, a de viabilizar o projeto de implantação
de mais 100 IEMAS até 2022. Em 1922 se estará a 8 anos da Agenda 2030, com suas
17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral da Nações Unidas, voltadas
à conquista do desenvolvimento sustentável no contexto dos países signatários
da Agenda, onde se inclui o Brasil.
O
fim de 2018, em clima pós-eleitoral, anuncia um cenário desafiador e
influenciado por três fatores marcantes: o primeiro, dinheiro escasso, dando o
Tesouro Estadual os sinais preocupantes de que a arrecadação está desidratada,
portanto sinalizando que o cinto vai ser apertado daqui para frente; segundo,
uma nova equipe de governo deverá ser formada, considerando o panorama estadual
e o novo cenário político nascido das eleições presidenciais, exigindo muita
sabedoria na composição de um time de dirigentes que mescle quadros
estratégicos do governo que finda, aos novos que chegam para realizar mais este
desafio de continuar trabalhando pelo desenvolvimento sustentável do Maranhão.
Capacidade e inteligência na costura da nova governança a partir da escolha, na
rosa-dos-ventos, do melhor norte, aquele que levará a nau da esperança ao porto
mais seguro.
Internamente
o recomeço deverá partir da intensificação do reconhecimento dos projetos que
dialogam com o Protagonismo Juvenil, diversificando-os e clareando a forma como
são recebidos e interpretados pela comunidade.
O
sentido de todas as ações educativas é assegurar um reconhecimento do alto
valor pedagógico ao trabalho institucional do IEMA, coroando o esforço
extraordinário de um coletivo acadêmico, estudantil e de gestores competentes e
compromissados com a educação pública de qualidade, atuando sob uma regência reitoral
talentosa e criativa, o que continuará garantindo de forma eloquente o acerto
do Governo Flávio Dino em política pública educacional de qualidade, desta
feita, para além das fronteiras do Maranhão.
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