Em volta tudo permanece sombrio,
amputação de meu verbo,
o verso que não se emancipa,
no artificial mundo parido,
mundo criado,
na introspecção avulsa dos outros,
redundantes seres gerados.
Em volta tudo continua triste:
o fígado,
a costela vermelha,
o coração,
a sombra arbórea,
como o meu pensamento que se perdeu.
Tento inutilmente encontrar a consciência de minha alma,
faço incursões perigosas em minhas próprias entranhas
e concluo que a viagem pode acabar sem meu consentimento.
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